sábado, 19 de outubro de 2013

Top 10 – Mitos da imprensa esportiva

Dizem que uma mentira contada muitas vezes acaba se tornando verdade. E, logicamente, essa tese também vale para o futebol. Conheça dez histórias que se perpetuaram através dos tempos, mas que não passam grandes equívocos...
10 - As cores do Juventus-SP – Dizem que o grená e o branco do Moleque Travesso seriam derivados dos uniformes das duas agremiações de Turim, porém, era uma homenagem à Fiorentina, só que desbotou;
9 - Cartão amarelo após pênalti – Muitos comentaristas, após um pênalti, reclamam pelo cartão amarelo ao infrator. Mas não há isso na regra!
8 - As duas listras em vez de três na camisa de Cruyff – Não foi por ideologia, mas pelo contrato do mesmo com a rival da Adidas, a Puma.
7 - A lesão de Reinaldo em 1982 – Muitos lamentam a suposta lesão que tirou Reinaldo da Copa da Espanha, onde Serginho se mostrou incompatível com a leveza de Zico & Cia. Contudo, o ídolo atleticano pouco participou da reta final daquele ciclo. O desfalque, este sim por lesão, foi Careca;  
6 - O Caso Sandro Hiroshi – Boa parte da imprensa noticia que em 1999 o São Paulo foi penalizado por conta do "gato", mas a verdadeira razão foi o bloqueio do passe de Hiroshi;
5 - Os cinco camisas 10 de 1970 – É muito comum ouvirmos que a Seleção de 1970 tinha cinco camisas 10 entre os titulares, mas, na verdade, Gérson e Tostão usavam a camisa 8 em seus clubes. Sem falar que as características eram bem diferentes;
4 - A perna quebrada por Chicão – Muitos acreditam que o são-paulino Chicão foi o responsável pela dividida que resultou na perna fraturada de Ângelo do Atlético Mineiro na final do Brasileirão de 1977. Contudo, o jogador do São Paulo que provocou a lesão foi Neca;  
3 - A fila do Corinthians contra o Santos – Até hoje noticiada pelos veículos como 11 anos sem vencer o Santos de Pelé. Todavia, esses 11 anos eram apenas pelo Campeonato Paulista. Pelo Rio-São Paulo e em amistosos, o Timão venceu, sim, o Santos nesse período;
2 - O corte de Romário em 1998 – Não é difícil encontrar quem diga que Romário foi injustamente cortado da Seleção e que o Baixinho se recuperou da lesão muscular a tempo de jogar pelo menos da final daquele Mundial. É verdade que Romário atuou num amistoso entre Flamengo e Internacional durante da Copa da França, mas foi no sacrifício, só para mostrar que podia entrar em campo. Logo depois, o centroavante ficou cerca de dois meses de molho, desfalcando o rubro-negro;
1 - Final de 1950 – Brasil 1x2 Uruguai de 1950 não foi a final daquele Mundial porque, simplesmente, não houve final. O campeão Uruguai foi o vencedor do quadrangular decisivo numa partida em que o Brasil teria ficado com a Jules Rimet caso empatasse o jogo.
Colaborou Yuri Barros
E você, conhece algum mito de nossa imprensa esportiva? Escreva nos comentários!

14 comentários:

Eduardo Madeira disse...

Uma das mais clássicas: o comentarista pedindo pra expulsar o último homem do time após falta, sendo que a regra fala em chance clara de gol

Michel Costa disse...

Bem lembrado, Eduardo. O Vitor Sérgio citou a lenda do Giuseppe Meazza que "muda de nome" para San Siro quando o Milan é o mandante. Nunca houve isso.

Alexandre Rodrigues Alves disse...

Essa da perna quebrada do Chicão causa choro até hoje nos torcedores mineiros e o mais irônico é que o cara virou "inimigo público" em MG, mas 2 anos depois foi contratado pelo mesmo Atlético/MG...Hipocrisia total.

Sinceramente não lembrava do problema do passe do Sandro Hiroshi, de fato alguns mitos se perpetuam.

Não são bem mitos, mas muita gente não se lembra e fala da liderança do Dunga na Seleção de 1994, mas ele até o jogo contra a Holanda ele não era capitão do time, só foi com a saída do Raí, e em 2002, Cafu não subiria no pedestal para levantar a taça, e sim o Emerson, que se machucou num treino antes da estreia.

Outros mitso que me lembro agora:
-Kaká não era reserva do Harison na base do SP; ele já era titular, só que sofreu um acidente em um toboágua e quase ficou paraplégico; com isso não ficou 100% e ficou no banco em boa parte da Copa SP de 2001.

Outro é que o Leão teria lançado toda a geração de garotos do Santos em 2002; na realidade ele só bancou o Robinho e trouxe o Alex do Juventus da Mooca; o Diego, por exemplo, já tinha sido lançado pelo Celso Roth.

Yuri disse...

Demorou mas chegou. Espalhe mais este post, ficou muito maneiro e fico agradecido de ter colocado muitos mitos na lista.

Quanto ao Juventus, chegam até a contar uma lenda absurda de dois irmãos de Turim, que na dúvida sobre o time, colocaram a cor de um com o nome de outro. Nada a ver. Tanto que o Juventus já usou usava a mesma flor da Fiorentina na camisa em seus primórdios, era uma homenagem clara à Viola, alem do nome Clube Atlético Fiorentino, que usou por um tempo.

André Rocha disse...

Só um adendo: de fato, Reinaldo não seria titular em 1982 pois não vivia boa fase no ano. Mas dizer que "pouco participou daquele ciclo" não é exatamente preciso. Na excursão pela Europa, com vitórias sobre França, Inglaterra e Alemanha e que consolidou o Brasil como favorito ao titulo na Espanha, o titular era o centroavante atleticano. Abraços!

Michel Costa disse...

Boas lembranças, Alexandre. No caso de Dunga em 94, o volante já havia se tornado peça fundamental do meio-campo da Seleção antes mesmo da bola rolar na estreia contra a Rússia. Também antes do Mundial houve a experiência de Parreira em que Ricardo Rocha, Jorginho e Dunga usaram a faixa. E, na verdade, o preferido de Parreira para capitanear a Seleção sempre foi Ricardo Gomes, mas o zagueiro recusou (sabe-se lá por que) a honraria.

Michel Costa disse...

Hahaha... Verdade, Yuri. Não publiquei antes porque simplesmente perdi o post!
Obrigado novamente pela colaboração.

Michel Costa disse...

Tem razão, André. Na realidade, Reinaldo só não participou da reta final daquele ciclo como bem mostra o ótimo Sarriá 82. O momento final da caminhada para a Copa da Espanha onde Telê chegou a criticar abertamente o atacante por sua falta de foco no futebol.
Alterei o texto para que isso fique implícito.

Abraço e valeu pelo adendo!

Alexandre Rodrigues Alves disse...

Pois é, eu me lembro do Ricardo Gomes como capitão no começo do trabalho do Parreira mas nas Eliminatórias o Raí tinha a faixa, então talvez para deixar tudo como estava, ele continuou sendo, até ser sacado do time depois do jogo contra os EUA.

Fabiano Dias disse...

A suposta entregada da Copa de 1998 pelo Brasil seria um mito? Há muitas teorias da conspiração sobre esse fato, alguns dizendo que para o Brasil ser sede de alguma das próximas copas teria entregado a de 1998.

Michel Costa disse...

Ricardo Gomes chegou a usar a faixa algumas vezes, Alexandre, mas sempre em ocasiões em que o primeiro capitão (quase sempre Raí) era substituído. Inclusive, a posse da faixa gerou alguma polêmica antes da Copa de 94, pois muitos acreditavam que a retirada de tarja de Raí só serviu para abalar ainda mais o moral do meia.

Michel Costa disse...

Acho que esse é um mito muito mais dos torcedores (e que ideia você me deu agora... hehe) do que dos jornalistas, Fabiano. Nenhum jornalista seria capaz de insistir com uma loucura como a entrega de um título mundial. Essa "tese" é muito mais resultado de quem não entende que aquela Seleção tinha problemas - inclusive o drama de Ronaldo - e enfrentou um adversário fortíssimo em sua casa.

Victor disse...

1.1 – Final do gol de Barriga – O Fla x Flu do gol de barriga foi na última rodada do Octogonal em turno e returno e com time entrando com pontos de vantagem. A parada era que o Octogonal teve tabela dirigida por regulamento a fim dos jogos realmente serem decisivos a cada rodada.

11 – Vasco primeiro time a aceitar negros.

Michel Costa disse...

Boas lembranças, Victor. No caso do gol de barriga, ainda tem a questão de que na súmula ele foi creditado a Aírton. Mas isso é mais um pormenor mesmo.